Uso de celular aquece mercado de mobile marketing no país

12/11/2019 às 13:49

São Paulo – Para cada pessoa residente no Brasil, há 1,3 celular disponível, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel).

Desse total, mais de 80% são pré-pagos. O cenário que poderia parecer de pouca lucratividade para alguns foi visto como um mercado em potencial por Donald Fitzmaurice, fundador da companhia irlandesa Brandtone.

Há apenas dois anos no Brasil, a empresa já se consolidou como uma das principais no setor de mobile marketing do país.

A companhia foi a responsável pela campanha de uma marca de bombons que distribuía créditos de celular a partir da inserção de um código enviado por SMS.

O perfil da campanha, adequado à cultura do celular pré-pago, fez da ideia um sucesso com três milhões de participações.

Para Donald, países com o perfil do Brasil, em desenvolvimento, são uma grande oportunidade para o mobile marketing, já que possuem um mercado ainda crescente.

“Em comparação com outros mercados, em que quase não há crescimento ou no quais vemos a estagnação, o Brasil ainda tem um grande mercado consumidor em formação”, explicou ele à Efe.

A ideia é que, a exemplo da experiência na América Latina e países como Rússia, Africa do Sul, Turquia e Nigéria, a empresa entre nos mercados chinês e indiano em breve.

Em todo o mundo, a relação com o celular mudou. De acordo com levantamento da Gartner, a venda de smartphones foi responsável por 51,8% das vendas de celulares no planeta – um aumento de 46,5% ante uma queda de 21% dos modelos convencionais.

No Brasil, o mesmo levantamento feito pela IDC revelou que a venda de smartphones cresceu 78% em 2012 e seguiu a tendência mundial, superando a de telefones convencionais.

No entanto, para Donald, essa mudança se refletirá apenas na experiência do consumidor com o mobile marketing.

Ao contrário de algumas campanhas equivocadas em que o consumidor ou cliente se sente incomodado com o envio reiterado de mensagens, Donald afirma que o conceito da Brandtone é muito mais focado no relacionamento.

“Nós nunca enviamos SMS sem que o consumidor o tenha solicitado. As campanhas por SMS são baseadas em códigos que o cliente envia e, a partir de então, recebe a informação desejada após responder algumas questões”, conta.

A taxa de resposta para as ações com SMS realizadas são de 18% a 25% dos consumidores atingidos, segundo dados apresentados por Donald.