OTTs triplicam tráfego de mensagens na Internet, mas enfrentam o drama de fazer dinheiro

18/07/2019 às 11:33

As OTTs de mensagens na Internet enfrentam, agora, o mesmo dilema das operadoras de telecom: como monetizar as suas operações. De acordo com estudo da Juniper Research, o mercado mundial de mensagens pela internet deve cair de US$ 113,5 bilhões em 2014 para US$ 112,9 bilhões em 2019, o que, se confirmado, representará uma redução de cerca de US$ 600 milhões.

Se há queda na receita – dado preocupante para as startups – o tráfego de mensagens, no geral, deve dobrar até 2019, impulsionado principalmente pelos serviços de mensagens over-the-top (OTT), oferecidos por meio de aplicativos tais como WhatsApp, Viber, Snapchat, Line e Skype, entre outros. O aumento nominal do tráfego de mensagens deve ser de cerca de três vezes — de quase 31 trilhões em 2014 para 100 trilhões em 2019.

Mas, como tudo é um grande negócio, há um ponto complexo nessa disputa: a receita gerada a partir de cada mensagem por uma OTT deve ser inferior a 1% do que a partir de serviços de mensagens curtas (SMS) e serviços de mensagens multimídia (MMS) em 2019.

As OTTs disputam o mercado com o SMS e o MMS das teles, mas não conseguem utilizar a publicidade numa escala capaz de monetizar seus serviços. Muito em função da baixa receptividade dos consumidores, especialmente nos mercados asiáticos, os que mais compram smartphones no mundo.E para quem acha que o SMS está morto, a Juniper Research aponta que as aplicações de SMS corporativas e os serviços de notificação vão ter um contínuo crescimento nos próximos cinco anos.

 

Fonte: Convergencia Digital